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Prefeitura descarta fechar comércio, mas prevê medidas restritivas na economia

Marcelo Martins e Natália Müller Poll

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário) 

O pacote de novas regras anunciadas pelo governador Eduardo Leite (PSDB) ainda está sendo compreendido pelos setores produtivos de Santa Maria, que tentam, agora, mensurar os efeitos práticos de tal medida junto à economia. Até porque a prefeitura prevê anunciar medidas mais restritivas para breve, mas sem detalhá-las.

O chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez, explicou que Santa Maria tem conduzido as questões de forma responsável e alinhada ao governo do Estado. De acordo com ele, a tendência da prefeitura é que, nos próximos dias, o Executivo apresente "medidas mais restritivas":

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- Ainda que não estejamos colocando no cenário, uma situação mais extremada que seria o fechamento do comércio, há uma tendência que, bem em breve, façamos um anúncio de algumas medidas mais restritivas junto a alguns setores produtivos. É necessário que estejamos permanentemente revendo essas medidas. Era previsível essa escalada de novos casos e, por isso, precisamos observar a nossa capacidade hospitalar. Vamos, ao que tudo indica, ter de apertar ainda mais.

A presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Marli Rigo, espera que não se tenha uma mudança drástica junto à realidade local. O que, no entendimento dela, "não ficou muito claro" conforme a transmissão do chefe do Executivo gaúcho:

- O risco, ao que parece, existe. Mas estamos na torcida para que não aconteça essa mudança de bandeira.

Ontem, o governador explicou que as novas regras, com vigência já na próxima semana, trarão mais celeridade na classificação de regiões para as bandeiras consideradas críticas (vermelha e preta) e que, na prática, podem forçar ao fechamento do comércio e de parte das atividades do setor de serviços, como academias de ginástica, clubes, barbearias, cabeleireiros e missas.

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A reportagem falou também com o presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Cacism), Luiz Fernando Pacheco, que mostra-se preocupado com um possível recrudescimento do cenário local. O que, segundo ele, poderia gerar uma instabilidade maior a uma economia já fragilizada em decorrência da pandemia. Pacheco diz que é necessário se achar um equilíbrio entre as áreas da saúde e da economia.

- O que me preocupa, neste momento, é esse movimento que há na cidade, onde pessoas que não produzem nem geram emprego e renda acabam, muitas vezes, decidindo os caminhos a serem seguidos. O que não queremos nem podemos ter, em Santa Maria, é essa polarização entre "fecha tudo" e "abre tudo". É necessário, mais do que nunca, que a população entenda o momento e tome todos os cuidados necessários. Sabemos que todos os esforços do Estado, assim como da prefeitura, são para evitar um colapso do sistema de saúde. Só que não podemos descuidar da economia, dos setores produtivos e, principalmente, dos empregos. Até porque muitos destes postos de trabalho foram perdidos. E não podemos perder mais ainda - diz Pacheco.


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